Lançado no Brasil no dia 03 de outubro de 2019
ATENÇÃO: CONTÊM SPOILERS
Coringa O Filme faz uma dura crítica a sociedade, de como comportamentos cotidianos acabam refletindo em algumas pessoas. Traz uma Gotham caótica já beirando um colapso, e o evoluir à loucura de um personagem muito bem construído, aproveito neste momento para elogiar os roteiristas que foram muito cuidadosos para detalhar cada acontecimento que levou ao surgimento do Coringa, uma sequência de atos que leva um personagem meigo e bondoso chamado Arthur Fleck, que trabalha em uma empresa de entretenimento como palhaço, à um psicótico assassino anarquista.
Arthur é apenas um cidadão comum (e claramente perturbado), que mora com sua mãe no subúrbio de Gotham, e que apesar de todos rirem dele por achá-lo estranho devido aos seus problemas mentais causados ainda na infância* tenta levar uma vida "normal" trabalhando como palhaço. Vitimado pela sociedade, e ainda negligenciado pelo governo, que retira seu acompanhamento psicológico através do corte de verbas, debochado em rede nacional ao tentar seguir a vida como comediante através do Stand Up Comedy, começa a partir daí sua trajetória para o surgimento do Coringa, que se inicia após Arthur ser vítima de mais um ataque físico no metrô durante seu retorno pra casa, onde para se defender do bullying e agressões físicas acaba cometendo o assassinato de 3 indivíduos da “elite” de Gotham, o que repercute na mídia como um ato político de revolta das classes menos favorecidas, levando aos caos.
* segurei o spoiler aqui, e não aprofundei sobre as causas dos problemas mentais, pois foi uma das partes que mais me surpreendeu durante o filme, então pensando na sua experiência como expectador, não comentei nada sobre :)
O filme trazido por Todd Phillips que indica ser o início da fase DC Black, que é uma proposta de filmes solos e mais sombrios, focando em um público mais adulto e não ficando tão preso à cronologia dos quadrinhos, se destaca principalmente pela atuação do ator protagonista Joaquin Phoenix que nos trouxe um Coringa racionalmente insano, quase que justificável em seus atos, que desperta no telespectador uma empatia com sua história de vida. Vale destacar que a empatia referida aqui é sobre o histórico de vida do personagem e das dores vividas por ele, e não por seus atos insanos e violentos.
O desenvolver do personagem durante o filme é algo realmente magnífico, onde favorecido pelo roteiro e uma interpretação digna de Oscar de Phoenix faz com que um personagem comum, se transforme em um dos mais icônicos vilões do Universo DC. A transformação é algo realmente crescente e perceptível, tornando o ápice algo magnífico, como no momento da dança no banheiro, ou da entrada triunfal no programa do Murray Franklin (Robert De Niro).
Aos olhares mais atentos, temos também a participação de Alfred (Douglas Hodge), e um final de arrepiar, com direito a cenas clássicas de Batman Begins (2005) e Batman x Superman: a origem da Justiça (2016).
Se tivesse que descontar algo como fã, seria apenas a demora em aparecer o Coringa como conhecemos, ficando apenas para os 20 minutos finais do filme, mas que em momento algum desmerece o filme, sendo apenas uma observação pessoal.
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Seguem algumas imagens do filme:
Filme assistido em 09 de outubro de 2019 em Arcoplex Gravataí - RS
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